
O que nos dá o que comer e alimenta a alma,
Faz crescer a sabedoria que já temos plantada dentro de nós.
(Amália Tatyane, Jassar Protázio, Marcos Felipe)
Não me fale de você
Que não faço questão de saber
Dos falsos pedidos no olhar
Dessa vez não vou cair
Nem sorrir, nem dançar ou te beijar
De quem viveu outrora
A mesma historia a mesma trama
Dois rapazes e uma dama
Com sentimento feito malabares
Na mão do palhaço
Rodopiam e se revezam
Entre sentidos verdades lugares
O final eu já bem sei
E já me dói até no peito
Uma mossa com dois rapazes:
“-Não deve ser de respeito”
Assim o ninguém balança
Na corda bamba do amar
Uma decisão que se faz
De olhos fechados e na balança
Quem der menos sai. Desesperança!
Mamãe sempre falou pra eu engordar!
Jassar Protázio!
Escute o eco que vem da floresta
Escute o toque do tambor
E saiba que a escravidão
De fato, só começou
Escute o canto das vozes mais negras
Vem da cozinha, vassoura, sabão
Que ainda limpão com a mão do passado
De toda branca poluição
E o índio, mais bravo índio
Que de pobre agora anda nu
Entenda a conexão
África América do Sul
Então se ouvira um reggae
Que vai trazer união
E as vozes mais negras que ecoam
Já mais chorarão
E o índio dirá já basta
Com armas flechas na mão
E as gotas de sangue
Da mão do carrasco serão
Canta índio, dança índio
Traz de volta tradição
Quero ver o verde da bandeira
Não ser símbolo de exploração
Toca negro, batuca negro
Faz terra tremer
E lembra que tu trazes resquícios
Do teu antigo sofrer
Assim se ouvirá um reggae...
Pelo quarto só alguns retratos rasgados dela, o quanto eu me avisei que isso não ia dar em nada, porem nunca dei motivos pra eventuais mudanças em meus dia-a-dia corriqueiros e felizes até então. No final fui burro em não prestar atenção em seus gestos e rostos que de alguma forma hoje me vendo fora de certas situações me parecem um tanto claras, um tanto lógicas.
Escuto-a falar de como as coisas aconteceram pra ela e nada me faz entender como as coisas mudaram de repente, deixando tantos planos assim sem rumo. O quadro dela que mandei pintar ainda está no mesmo lugar, é uma flor amarela com muitas pétalas sobrepostas parece uma rosa e lá no meio se prestares bastante atenção está ela e seu sorriso maravilhoso que tantas vezes alegrou meu dia e em outros...nem tanto, talvez essa seja a única coisa que ainda tenha sobrado inteira dessa aventura amorosa.
Agora eu fico aqui chorando que nem um babaca. Musicas que antes eu achava ridícula agora me trazem um certo tom de conforto: Sentimental eu sou/ Eu sou demais/ Eu sei que sou assim/ Porque assim ela me faz/ As músicas que eu/ Vivo a cantar/ Tem o sabor igual/ Por isso é que se diz/ Como ele é sentimental/ Romântico é sonhar/ E eu sonho assim/ Cantando estas canções/ Prá quem ama igual a mim/ E quem achar alguém/ Como eu achei/ Verá que é natural/ Ficar como eu fiquei/ Cada vez mais sentimental.
- abaixa esse som!- gritei pra um vizinho louco que escutava essa musica as alturas, ele me ignorou ou talvez nem tenha escutado tamanha era altura do som, então como diria o velho ditado “se o estupro é inevitável em tão relaxa e goza”, peguei uma garrafa de cachaça que anos andava esquecida e me embriaguei ao som de Altemar Dutra. O choro foi inevitável em pouco tempo via meu rosto molhado por lagrimas e as lembranças vinham fáceis a minha cabeça enquanto escrevia esse texto sentado olhando um quadro amarelo transfigurado pela bebida.
Eu mergulhei no mar da superficialidade
E me esqueci de você
Fiz-te sofrer mais não de maldade
Pois não tinha como certo teu bem querer
Se um dia lagrimas escorreram no rosto teu
Saiba que as mesmas lagrimam
No rosto oposto ao seu
E quando nossas vidas eram paralelas
Corpo e mente junto
Como se fossem dois elos
Como se fosse um mundo
Tudo feito sonho bom então,
Como todo sonho um dia acaba
Ao me levantar vi que ñ tinha mais chão
E tive certeza que a parte que me cabia no teu peito
Ali já não estava
Vendo-me amedrontado
Fugi guardando em mim um segredo
Que um dia te darei
Só que dessa vez sem medo.
Jassar Protázio
Amor não nasce em arvore
Ou nasce?
De repente... é amor.
Que droga, amor!
Mais, e se for paixão?
É talvez uma paixão de dois anos
De dois anos?
Doroty Tennov, pesquisador americano,
Diz que esse violento distúrbio emocional tem entorno de 18 meses
Violento distúrbio emocional? Eu em!
Iii! Não é paixão
E agora?
Vai e diz que você a ama
Tu achas uma boa idéia?
Eu não, a ultima vez que tentei
A menina pra quem me declarei começou a chorar
Disse que éramos amigos e que não podíamos dar certo.
Mais amigo também não ama?
Acho que sim
E o que você fez com o seu amor?
Nada, mais tentei varias coisas como:
Espete sete cravos-da-índia numa maçã vermelha e madura, embrulhando-a com um pano vermelho e deixando-a debaixo de sua cama, no lado da cabeceira, por uma noite. No dia seguinte, retirar os cravos e enterrá-los perto de uma flor bonita.
Deu certo?
No dia seguinte comi a maçã
Mais tu pode tentar
Não sou supersticioso, e esse papo de maçã deu fome
Thaw!
Thaw!
Jassar Protázio