quinta-feira, 15 de outubro de 2009

3!



Numa historia assim sem nexo
Dois rapazes e uma dama
O amor e o prazer
Deitados, jogados na cama

Não me fale de você
Que não faço questão de saber
Dos falsos pedidos no olhar
Dessa vez não vou cair
Nem sorrir, nem dançar ou te beijar

Olharei com olhar clinico
De quem viveu outrora
A mesma historia a mesma trama
Dois rapazes e uma dama

Com sentimento feito malabares
Na mão do palhaço
Rodopiam e se revezam
Entre sentidos verdades lugares

O final eu já bem sei
E já me dói até no peito
Uma mossa com dois rapazes:
“-Não deve ser de respeito”

Um solitário na dança
Assim o ninguém balança
Na corda bamba do amar

Uma decisão que se faz
De olhos fechados e na balança
Quem der menos sai. Desesperança!
Mamãe sempre falou pra eu engordar!

Jassar Protázio!

Conexão África América do Sul


Escute o eco que vem da floresta
Escute o toque do tambor
E saiba que a escravidão
De fato, só começou


Escute o canto das vozes mais negras
Vem da cozinha, vassoura, sabão
Que ainda limpão com a mão do passado
De toda branca poluição


E o índio, mais bravo índio
Que de pobre agora anda nu
Entenda a conexão
África América do Sul


Então se ouvira um reggae
Que vai trazer união
E as vozes mais negras que ecoam
Já mais chorarão


E o índio dirá já basta
Com armas flechas na mão
E as gotas de sangue
Da mão do carrasco serão


Canta índio, dança índio
Traz de volta tradição
Quero ver o verde da bandeira
Não ser símbolo de exploração


Toca negro, batuca negro
Faz terra tremer
E lembra que tu trazes resquícios
Do teu antigo sofrer


Assim se ouvirá um reggae...

domingo, 9 de agosto de 2009


Não precisas me dar esse engodo
Não tenho o porquê chorar
No mundo não existe coisa mais feia
Do que enganar alguém para amenizar
A dor que corroí e mata
Centímetro por sentimento vivido.
E pra não gritar no seu ouvido
Resolvi escrever pra você

É que na verdade morena
Tu não precisas me dar esse engodo nojento
Esse pus que ai te sobra
De outro amor, outro tormento.
Nem coração quebrado
Nem sexo e massagem no pé
Todo que em meu peito ainda resta
Se poluirá com o engodo fedido que você me der

Não precisas me dar esse engodo
É que tudo na vida que se faz com verdade
No mundo não existe coisa mais linda
Que desconstrui e reconstruir a própria realidade..

Jassar Protázio.

domingo, 10 de maio de 2009


Ninguém acordou quando os primeiros raios de sol se lançaram sobre seu rosto, viu o quanto a manhã era bonita cheia de pássaros e árvores. Os pássaros cantavam como se ali fosse o paraíso que tinha acabado de ser criado, mais logo vieram os carros e o transito que toda a cidade grande tem,
Caminhou até avistar uma criança que observava um carrinho de lanches (Esses carrinhos cheios cochinha e pasteis no qual você compra o completo a um real.) perguntou se acriança gostaria de comer algo, a criança olhou pra ele dos pés a cabeça fez uma cara de choro e sua mãe apareceu pra afastar o menino de Ninguém falando:
- meu filho cuidado... Ai meu deus como essa cidade está horrível!
Não entendeu por que o menino não queria comer, contudo concordava com a sua mãe que cidade horrível! Onde já se viu negar comida pra uma criança, pra ele tudo bem, já estava acostumado a não comer no horário, mais uma criança!
Já eram umas onze e meia Ninguém ainda não tinha comido nada mais precisava ir trabalhar. No caminho encontrou o seu amigo Pedro, que estava ali parado como sempre, Pedro ficava ali parado nunca saia do lugar parecia pedra, tinha cara de pedra e jeito de pedra e era quase sempre a única pessoa que escutava Ninguém quando ele tinha algum problema.
Ninguém chegou ao seu escritório que ficava na esquina da rua 18, se sentou e ficou fazendo seus afazeres normais de um alto executivo como gostava de ser chamado, no fim do dia já tinha faturado uma fortuna, ou melhor, era o suficiente pra ele ir comer algo.
Entrou no supermercado e dois guardas começaram a lhe acompanhar, Ninguém se sentiu importante e seguro mais quando ele pegou um pacote de farinha foi pego em flagrante em furto, Ninguém mostrou trinta centavos que tinha pra pagar a farinha e pegou três tapões na cabeça, tentou correr e esbarrou numa velinha que estava no caminho que caiu e bateu a cabeça, Ninguém voltou para socorrer a senhora jogada no chão e foi preso.
- que terrível!
- o quanto está cidade está perigosa!
- é por isso que eu digo, ladrão bom é ladrão morto!

No presídio Ninguém foi espancado até a morte pois a senhora era mãe de um policial. Laudo de morte? Somente a declaração do policial:
- ele se matou, era apenas um louco!

Jassar Protázio