terça-feira, 29 de julho de 2008

NINGUÉM


Apresento pra vocês o ninguém

Ele quase nunca fala

Mais sente amor também

Ele não rir, ele não chora e quase nunca tem Vintém.

Às vezes ele fica assim sozinho

Parece que não tem ninguém

Mais ele tem.

Embora o que ele tenha não saiba que o tem também

Cantar calado é o passa-tempo preferido do ninguém

Por que cantando calado, reclamação não vem.

As pessoas adoram reclamar

- cala boca ninguém!

O problema é que o ninguém

Às vezes sonha que é alguém

E como se viesse de um palhaço

Tudo vira motivo de desdém

Mais ninguém continua sonhando

Sonhos maravilhosos que vão além

Mais ninguém continua cantando assim baixinho

Pra só atormentar ninguém.

Jassar protázio


Hoje me deixei sentir coisas que a muito não permitia, fazia tempo que não me via feliz em pensar em alguém mais a dois minutos quebrei um copo. Isso mesmo quebrei um copo, coloquei em cima da cama e a voz de minha mãe reclamava:

-Tu vai deixar esse copo cair, sempre fazes a mesma coisa. Menino tapado parece que não enxerga um palmo a sua frente.

Em fim depois me arrependi sorrindo, pois tive que limpar os cacos de vidro que se estilhaçaram no chão.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O Sabiá e a Maçã














Em um canto de sábios sabiás
Foi visto um irmão bicho a cantar
Cantava bonito, versos e trovas
Porem do chão não sabia levantar

Era magrinho parecia que passava fome
Asas fracas e frágeis de dar dó
Cantava baixo, assim baixinho
Andava só, assim tão só

Morava embaixo de uma macieira
E tinha no peito um coração
Tinha no mesmo uma ferida
Tinha na vida uma paixão

A maçã vermelha do ultimo galho é o que vislumbrava
Porem não podia chegar lá
Enquanto isso comia as maçãs que caiam
E eram essas que conseguia pegar

O sabiá um dia morreu
No mesmo dia que a maçã foi ruída por outro sabiá
Deixou-nos em vida somente a lição
De fazer da vida uma canção
E de nunca deixar de sonhar

Jassar protázio

quinta-feira, 3 de julho de 2008



Ainda me lembro dos meus dias de solidão onde observava as pessoas pela janela do meu quarto caminhando cheios de esperança e muita das vezes sorrindo, todo mundo me parecia tão feliz e muitas das vezes não entendia como eu não consegui ser feliz como eles.

Me arrumei peguei minha mochila com uma caneta e alguns papeis que não uso pra nada, fui pra parada de ônibus pensando no que faria já que tinha prova e não sabia nem a matéria que ia cair, peguei meu ônibus cumprindo uma rotina que já faço a algum tempo.

Entrei no salão cinza cumprimentei algumas pessoas como de costume e ao virar-me vi pessoas que fizeram tão bem aos meus olhos, não sabem elas a alegria que me deram nesse dia que parecia pra muitos um dia tão comum.

Sorri, e os abracei...

Então pensei inspirado num filme que vi a poucos dias:

“essa parte da minha vida, essa pequena parte da minha vida chama-se felicidade”