domingo, 10 de maio de 2009


Ninguém acordou quando os primeiros raios de sol se lançaram sobre seu rosto, viu o quanto a manhã era bonita cheia de pássaros e árvores. Os pássaros cantavam como se ali fosse o paraíso que tinha acabado de ser criado, mais logo vieram os carros e o transito que toda a cidade grande tem,
Caminhou até avistar uma criança que observava um carrinho de lanches (Esses carrinhos cheios cochinha e pasteis no qual você compra o completo a um real.) perguntou se acriança gostaria de comer algo, a criança olhou pra ele dos pés a cabeça fez uma cara de choro e sua mãe apareceu pra afastar o menino de Ninguém falando:
- meu filho cuidado... Ai meu deus como essa cidade está horrível!
Não entendeu por que o menino não queria comer, contudo concordava com a sua mãe que cidade horrível! Onde já se viu negar comida pra uma criança, pra ele tudo bem, já estava acostumado a não comer no horário, mais uma criança!
Já eram umas onze e meia Ninguém ainda não tinha comido nada mais precisava ir trabalhar. No caminho encontrou o seu amigo Pedro, que estava ali parado como sempre, Pedro ficava ali parado nunca saia do lugar parecia pedra, tinha cara de pedra e jeito de pedra e era quase sempre a única pessoa que escutava Ninguém quando ele tinha algum problema.
Ninguém chegou ao seu escritório que ficava na esquina da rua 18, se sentou e ficou fazendo seus afazeres normais de um alto executivo como gostava de ser chamado, no fim do dia já tinha faturado uma fortuna, ou melhor, era o suficiente pra ele ir comer algo.
Entrou no supermercado e dois guardas começaram a lhe acompanhar, Ninguém se sentiu importante e seguro mais quando ele pegou um pacote de farinha foi pego em flagrante em furto, Ninguém mostrou trinta centavos que tinha pra pagar a farinha e pegou três tapões na cabeça, tentou correr e esbarrou numa velinha que estava no caminho que caiu e bateu a cabeça, Ninguém voltou para socorrer a senhora jogada no chão e foi preso.
- que terrível!
- o quanto está cidade está perigosa!
- é por isso que eu digo, ladrão bom é ladrão morto!

No presídio Ninguém foi espancado até a morte pois a senhora era mãe de um policial. Laudo de morte? Somente a declaração do policial:
- ele se matou, era apenas um louco!

Jassar Protázio